"Caminhante, são teus rastos o caminho, e nada mais: caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho, e ao olhar-se para trás vê-se a senda que jamais se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho, somente sulcos no mar."

segunda-feira, 1 de março de 2010

Minha infância... O inicio da minha história

Depois de dois anos de noivado meus pais se casam, logo no primeiro ano de casamento nasce meu irmão, uma alegria para o casal seu primeiro filho. Marcio completa dois anos, mas meu pai tinha o desejo de ter uma filha, minha mãe então engravida novamente, e para surpresa do casal o desejo seria realizado só que em dose dupla, nasce eu e minha irmã. Nosso nascimento foi uma festa e também muito trabalho, afinal eram dois bebês para trocar de fralda, dar de mamar... Então foi logo convocado um “batalhão”, meus avos, tios se reservavam com meus pais para ajudá-los.
Meus familiares foram muito importantes em minha vida desde o meu nascimento. Aos quatros anos de idade dá inicio aos meus estudos, na escola Betânia, localizado no bairro onde morava na época. Ir a escola era uma felicidade. Não admitia faltar as aulas, mesmo que doente. Estudava pela manhã e adorava acorda cedo (uma pena que esse gosto já não mais me acompanhe rs).
Minha segunda escola foi o Santos Dumont, também no meu bairro, minha mãe nos levava, ou meu pai. Ou ainda as vezes um dos meus tios. Lembro-me de uma vez que meu irmão estava internado, meus pai estavam no hospital cuidando do meu irmão, e eu e minha irmã em casa aos cuidados da minha vó e meu tio, também estava na minha casa para ajuda-la. Nesse dia acordei bem cedinho e fiz também meu tio acordar, dizendo a ele que já estava na hora e irmos pra escola, mesmo ele dizendo que era cedo demais ele nos levou. (eu e minha irmã). E não é que era cedo, mesmo? Só tinha na escola o porteiro, mas não fazia mal, brincar no parquinho antes da aula era sempre bom. Rs
Fiz meu ensino fundamental na Escola Nossa Senhora das Graças e Adventista. Tenho muitas recordações de lá, como as festas juninas, adorava as quadrilhas... Minha educação foi marcada por uma educação tradicional, dos livros didáticos, que o professor seguia a risca, as correções por caneta vermelha, o estudo da tabuada, ficava horas decorando. Naquele momento eu até gostava, hoje vejo que foi apenas uma memorização de curto prazo (as vezes me pego tentando me lembrar). E os ditados, que me seguiram até o ensino médio.
Contudo, também tinha a parte lúdica, das rodinhas, das cantigas, o atirei o pau no gato( que até então não era visto como não politicamente correto) Tínhamos nossos passeios com a turma. Lembro-me bem do passeio ao Horto Florestal, fizemos um piquenique, levamos nossas bonecas (adorava brincar de bonecas). Hoje olhando para traz, vejo que ficaram boas lembranças de um tempo que ficará eterno.
Meus pais sempre se esforçavam para termos um excelente estudo, pois acreditam que a educação pode contribuir para a formação do ser, para que esse possa tornar consciente. Só que chegou um período que as despesas já não mais davam para cobrir nossos estudos, então fomos para escola pública.

Até hoje lembro meu primeiro dia de aula na escola pública, minha mãe nos levando (eu e meus irmãos), o IERP aquele colégio enorme, ela nos levou e nos deixou em frente ao nosso pavilhão, era tudo novo para mim, a adaptação não foi difícil, fizemos logo amizades, tenho amigos de lá até hoje. E nessa foto ao meu lado esquerdo é minha amiga Gal, sempre mantivemos nossa amizade mesmo após o término do colégio e hoje nos reencontramos na Universidade.
Apesar da distância, dos caminhos muitas vezes opostos sempre voltamos ao nos reencontramos. Marcamos pra sair, sempre uma festa quando estamos novamente juntos! Foram meus colegas de colégio e meus amigos na vida!! Amizade para sempre!Tive também excelentes professores que foram muito importante na minha formação e que possuo um carinho enorme.

Pedagoga em formação

Minha trajetória como pedagoga em formação começa desde o fim do último ano do colégio, ano de vestibular, eis que surge o questionamento: E agora fazer vestibular para quê? Muitas dúvidas surgiram... Acabei não fazendo vestibular. No ano seguinte continue meus estudos, me preparando para o vestibular, indo todas as manhas para a Biblioteca Municipal, a tarde tinha atividades extras e a noite cursinho. Aproximava-se o dia da inscrição do vestibular e eu ainda não sabia qual curso fazer. O que eu sabia, que minha área de interesse era área de humanas, então para UESB compus de Jequié, tinha como opção os cursos: Pedagogia ou Letras. Comecei desde então me informar sobre os cursos. Tive uma conversa com meus pais, que me orientaram, mas acima de tudo me apoiavam em qualquer que fosse a minha opção de curso. Optei então por Pedagogia e aqui estou eu, já finalizando meu curso.
No inicio não tinha pretensões com relação ao futuro na área da educação. Contudo, sempre gostei, admirava meus mestres ao longo dos meus anos de colegial, como também tinha conhecimento da importância da educação para a sociedade, ouvia muito isso na fala dos meus pais. Entendia a importância da educação mais de uma forma “leiga”, só aqui no curso fui conhecer mais profundamente da relevância da educação. Muitas disciplinas me possibilitarem esse conhecer.
Ao longo do curso, sempre ouvia falas com relação ao estágio sempre atrelado ao medo, como sendo também um momento que muitos desistiriam, pois saiam do discurso e iam para a prática. Confesso que, adquiri ao ouvir essas falas, já “meus medos”. Como ser professor? E o quer é ser professor? Ainda mais na educação infantil, que requer ainda mais competência. Em nossos dias, em uma sociedade, onde a escola adquiriu não só o papel de aquisição de habilidades, como também a própria educação, no que se refere ao cuidar, as boas maneiras. E diante de tudo isso, ainda uma profissão muitas vezes tão desvalorizada. Mas enfim, chega o tão “sonhado” e temido: os dias de estágio.
Assim damos continuidade, ao nosso caminhar, que se faz caminhando. Entendendo da importância do estágio para nossa construção enquanto ser humano, para nossa formação profissional, que se constituiu um momento de rever-mos alguns conceitos na busca da construção de novos conceitos.