"Caminhante, são teus rastos o caminho, e nada mais: caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho, e ao olhar-se para trás vê-se a senda que jamais se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho, somente sulcos no mar."

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Contribuições para minha formação

Ao longo do curso, muitas disciplinas contribuíram para reafirmação da escolha, em ser professora. E que me foram marcantes e significativas dentro desse processo.
Os estudos feitos em Didática, sobre o paradigma do professor reflexivo. Ser professor hoje é algo complexo, devido as tecnologias, a complexidade social, como também entende-se, que a sociedade ainda não tem bem definido qual o papel, objetivo da escola. Pois, diante de todo o contexto que permeia a nossa atuação profissional, estes estudos mostrou-me a importância da formação continuada, do constante aprimoramento dos conhecimentos da área, , da investigação da própria prática, entendendo assim a importância do professor pesquisador.
Os ensinamentos da disciplina Avaliação da aprendizagem, me fez conhecer que a avaliação não se ressume somente a avaliação do desempenho dos alunos, através de um instrumento de classificação e medição. Mas sim avaliando todo o processo do aluno, não somente o ato final.
Lembro-me da prática transdiciplinar, que bem define Edgar Morin e estudado nas disciplinas de Filosofia da Educação, quanto em História da Educação. Morin defende a transdiciplinariedade como uma articulação, intercambio entre as disciplinas, através dessa, torna-se possível que se acabe com o reducionismo, com a fragmentação do conhecimento. Promovendo a construção de um saber uno, com visão conjunta e de um todo composto por muitos aspectos.
Nessas mesmas disciplinas estudadas citadas acima, como também na disciplina de Sociologia, estudamos acerca da ética, entendemos assim que a ética é algo indispensável na formação do ser humano, conseguinte na educação, na nossa formação, enquanto professores, para que possamos ser coerentes, para que nossos alunos vejam em nós os valores que acreditamos. Pois um professor ético, ensina o que se faz, e faz o que se ensina e o aluno precisa dessa ética, pois somos referencial para nossos alunos.
Lê-mos na disciplina de Educação de Jovens e Adultos, o livro de Paulo Freire, “Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa” Em um capítulo do livro, nos fala que ensinar não é transferir conhecimento. É preciso criar possibilidades para a sua própria construção. Assim, Freire chama atenção para nós educadores, ao entramos sem sala de aula, devemos estar atentos, abertos as perguntas dos alunos, suas curiosidades. Daí a importância do educador de não simplesmente transferir conhecimento e que própria escola estar inserida no dever responsável e ético de respeitar os saberes do educandos e de suas classes sociais, seus conhecimentos prévios.
Partindo dos estudos feitos na disciplina Metodologia da Alfabetização, percebemos que o processo de alfabetização não se resume a apenas a aquisição de habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler e de escrever, mas na capacidade de interpretar, conhecer, criticar, resignificar e produzir conhecimento
Normalmente, quando nos referimos ao desenvolvimento de uma criança, o que buscamos compreender é “até onde a criança já chegou”, em termos de um percurso que será percorrido por ela. Quando dizemos que a criança já sabe realizar determinada tarefa, referimo-nos a sua capacidade de realizá-la sozinha. Estudamos nas disciplinas de Psicologia, quanto na disciplina de Educação Infantil, que Vygotsky afirma que devemos compreender adequadamente o desenvolvimento da criança, devemos considerar não apenas o nível de desenvolvimento real da criança, mas também seu desenvolvimento potencial, isto é, sua capacidade de realizar tarefas com a ajuda do professor ou dos colegas de classe.
E assim continuo o meu caminhar, no desejo de cada dia, aprender!

Periodo de Observação

O período de observação foi distribuído em cinco dias, de 22 a 26 de março com duração de 20 horas. Nesses dias, tivemos a oportunidade de observarmos as condições do espaço físico, as relações entre os alunos e professores e demais profissionais da instituição, relações ocorridas no portão da escola, bem como a prática pedagógica utilizada pela professora regente da sala a qual realizaremos a intervenção. Realizamos também, entrevistas com a gestão escolar, a coordenação pedagógica, a professora, os alunos e os agentes administrativos.
Vale ressaltar que o objetivo desse trabalho não é uma mera descrição da realidade, nem se trata também de criticarmos a prática educacional da instituição, mas sentir de perto a estrutura, a organização e funcionamento da unidade escolar para compreendermos a vida da escola, seus problemas e perspectivas, bem como refletir sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas na escola campo de estágio e baseado nos dados colhidos então, elaborarmos o nosso projeto de intervenção.
A problemática encontrada durante essa observação não é fortemente preocupante. Na sala, encontramos a maioria dos alunos alfabetizados, existindo alguns alunos com dificuldades no que diz respeito a lecto-escrita. quanto ao comportamento dos alunos, em geral, foi bom, houve respeito conosco e organização na execução das atividades propostas durante o período de diagnostico, aplicamos uma atividade de português e outra de matemática com o intuito de conhecer o nível de desenvolvimento dos alunos. No que se refere à direção, coordenação, professores e demais pessoas que trabalham na escola, fomos muito bem recebidos por todos

Portanto o período de observação constitui em um momento importante configura-se como o nosso primeiro contato com a escola campo de estágio, e a partir das reflexões feitas sobre o concreto da realidade escolar, buscarmos subsídios teóricos e metodológicos para o nosso projeto de intervenção. Dessa forma, o diagnóstico da escola é fundamental como base para o desenvolvimento do estágio.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Primeiro contato com a escola


Hoje foi nosso primeiro encontro com nossa segunda casa durante os próximos meses! Nos dirigimos ao D. Jairo, escola que iremos estagiar, fomos bem recebidos por toda escola (direção, coordenação, professores e o pessoal dos serviços gerais) E espero que essa receptividade se prolongue aos dias de estágio!! =)
De inicio tivemos um momento de reflexão, com a leitura do texto de William Shakespeare “Um dia você aprende..”, pela professora de estágio Edjane Freitas, onde podemos refletir acerca das nossas aprendizagens, que são construídas ao longo de nossas vidas, e o estágio se configura como mais esse momento de aprendizagem para nossa formação. A diante, fomos apresentados aos nossos regentes como também nos apresentamos. E e minha dupla de estágio, Deise, vamos estar estagiando no ano III, crianças a partir de oito anos. Descobri que teremos um desafio pela frente! Vou estar diante de um aluno especial em nossa sala de aula. Como também a professora regente Norma nos relatou que a sala é “multiseriada”. (a sala é dividida em dois grupos). Muitos desafios nos é apresentado. Mas estamos cheio de vontade de por a “mão na massa”. rs
Por fim, foi também escolhido o tema para o Projeto de estágio, sugerido pela coordenadora da escola Luciana que trabalhássemos com o tema: Valores: amor, respeito e solidariedade. Fiquei muito feliz pela escolha do tema, pois já vinha pensando nesse tema, tinha até comentado com os colegas que seria minha sugestão. Acredito que precisamos resgatar o amor ao próximo, o respeito, sensibilizar os alunos em relação à importância da boa convivência para criar um ambiente agradável na sala de aula. Assim, terminamos nossa reunião, cheios de expectativas para o inicio do estágio.

“... E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais...Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
Willlian Shakespeare

segunda-feira, 1 de março de 2010

Minha infância... O inicio da minha história

Depois de dois anos de noivado meus pais se casam, logo no primeiro ano de casamento nasce meu irmão, uma alegria para o casal seu primeiro filho. Marcio completa dois anos, mas meu pai tinha o desejo de ter uma filha, minha mãe então engravida novamente, e para surpresa do casal o desejo seria realizado só que em dose dupla, nasce eu e minha irmã. Nosso nascimento foi uma festa e também muito trabalho, afinal eram dois bebês para trocar de fralda, dar de mamar... Então foi logo convocado um “batalhão”, meus avos, tios se reservavam com meus pais para ajudá-los.
Meus familiares foram muito importantes em minha vida desde o meu nascimento. Aos quatros anos de idade dá inicio aos meus estudos, na escola Betânia, localizado no bairro onde morava na época. Ir a escola era uma felicidade. Não admitia faltar as aulas, mesmo que doente. Estudava pela manhã e adorava acorda cedo (uma pena que esse gosto já não mais me acompanhe rs).
Minha segunda escola foi o Santos Dumont, também no meu bairro, minha mãe nos levava, ou meu pai. Ou ainda as vezes um dos meus tios. Lembro-me de uma vez que meu irmão estava internado, meus pai estavam no hospital cuidando do meu irmão, e eu e minha irmã em casa aos cuidados da minha vó e meu tio, também estava na minha casa para ajuda-la. Nesse dia acordei bem cedinho e fiz também meu tio acordar, dizendo a ele que já estava na hora e irmos pra escola, mesmo ele dizendo que era cedo demais ele nos levou. (eu e minha irmã). E não é que era cedo, mesmo? Só tinha na escola o porteiro, mas não fazia mal, brincar no parquinho antes da aula era sempre bom. Rs
Fiz meu ensino fundamental na Escola Nossa Senhora das Graças e Adventista. Tenho muitas recordações de lá, como as festas juninas, adorava as quadrilhas... Minha educação foi marcada por uma educação tradicional, dos livros didáticos, que o professor seguia a risca, as correções por caneta vermelha, o estudo da tabuada, ficava horas decorando. Naquele momento eu até gostava, hoje vejo que foi apenas uma memorização de curto prazo (as vezes me pego tentando me lembrar). E os ditados, que me seguiram até o ensino médio.
Contudo, também tinha a parte lúdica, das rodinhas, das cantigas, o atirei o pau no gato( que até então não era visto como não politicamente correto) Tínhamos nossos passeios com a turma. Lembro-me bem do passeio ao Horto Florestal, fizemos um piquenique, levamos nossas bonecas (adorava brincar de bonecas). Hoje olhando para traz, vejo que ficaram boas lembranças de um tempo que ficará eterno.
Meus pais sempre se esforçavam para termos um excelente estudo, pois acreditam que a educação pode contribuir para a formação do ser, para que esse possa tornar consciente. Só que chegou um período que as despesas já não mais davam para cobrir nossos estudos, então fomos para escola pública.

Até hoje lembro meu primeiro dia de aula na escola pública, minha mãe nos levando (eu e meus irmãos), o IERP aquele colégio enorme, ela nos levou e nos deixou em frente ao nosso pavilhão, era tudo novo para mim, a adaptação não foi difícil, fizemos logo amizades, tenho amigos de lá até hoje. E nessa foto ao meu lado esquerdo é minha amiga Gal, sempre mantivemos nossa amizade mesmo após o término do colégio e hoje nos reencontramos na Universidade.
Apesar da distância, dos caminhos muitas vezes opostos sempre voltamos ao nos reencontramos. Marcamos pra sair, sempre uma festa quando estamos novamente juntos! Foram meus colegas de colégio e meus amigos na vida!! Amizade para sempre!Tive também excelentes professores que foram muito importante na minha formação e que possuo um carinho enorme.

Pedagoga em formação

Minha trajetória como pedagoga em formação começa desde o fim do último ano do colégio, ano de vestibular, eis que surge o questionamento: E agora fazer vestibular para quê? Muitas dúvidas surgiram... Acabei não fazendo vestibular. No ano seguinte continue meus estudos, me preparando para o vestibular, indo todas as manhas para a Biblioteca Municipal, a tarde tinha atividades extras e a noite cursinho. Aproximava-se o dia da inscrição do vestibular e eu ainda não sabia qual curso fazer. O que eu sabia, que minha área de interesse era área de humanas, então para UESB compus de Jequié, tinha como opção os cursos: Pedagogia ou Letras. Comecei desde então me informar sobre os cursos. Tive uma conversa com meus pais, que me orientaram, mas acima de tudo me apoiavam em qualquer que fosse a minha opção de curso. Optei então por Pedagogia e aqui estou eu, já finalizando meu curso.
No inicio não tinha pretensões com relação ao futuro na área da educação. Contudo, sempre gostei, admirava meus mestres ao longo dos meus anos de colegial, como também tinha conhecimento da importância da educação para a sociedade, ouvia muito isso na fala dos meus pais. Entendia a importância da educação mais de uma forma “leiga”, só aqui no curso fui conhecer mais profundamente da relevância da educação. Muitas disciplinas me possibilitarem esse conhecer.
Ao longo do curso, sempre ouvia falas com relação ao estágio sempre atrelado ao medo, como sendo também um momento que muitos desistiriam, pois saiam do discurso e iam para a prática. Confesso que, adquiri ao ouvir essas falas, já “meus medos”. Como ser professor? E o quer é ser professor? Ainda mais na educação infantil, que requer ainda mais competência. Em nossos dias, em uma sociedade, onde a escola adquiriu não só o papel de aquisição de habilidades, como também a própria educação, no que se refere ao cuidar, as boas maneiras. E diante de tudo isso, ainda uma profissão muitas vezes tão desvalorizada. Mas enfim, chega o tão “sonhado” e temido: os dias de estágio.
Assim damos continuidade, ao nosso caminhar, que se faz caminhando. Entendendo da importância do estágio para nossa construção enquanto ser humano, para nossa formação profissional, que se constituiu um momento de rever-mos alguns conceitos na busca da construção de novos conceitos.